23 de maio de 2008

Fotos e Festas

Umas das vantagens de cursar Comunicação Social é que, para tirar boas notas e ser bom aluno, não estudamos no modo tradicional (na escrivaninha de casa com alguns livros, números e letras). Precisamos acordar mais cedo, ir até uma feira de exótica e nos divertir em um pequeno grupo. Não sei como alguém consegue reclamar da faculdade.

A manhã foi mais interessante que o imaginado. Parecíamos gringos (destaque para Pedro Gabriel que estava fantasiado de estrangeiro) onde todo mundo come farinha e sabe mais de dois passos de forró.

A experiência foi curiosa e só deu vontade de fazer isso de novo, provavelmente num local à nossa escolha. É extremamente divertido sair e tirar foto de tudo, eu até irei fingir que estou fazendo um trabalho da faculdade.

A desanimação das pessoas da faculdade é contagiante. Sempre.

Marcar um encontro entre as pessoas da ECO fora do horário de aula é impossível (no horário de aula também). Por isso sustento a minha teoria (mais uma) que todas as pessoas do curso possuem vida dupla. Vou explicar a hipótese que elaborei melhor.

De segunda a quinta (já que não há aula nas sextas), os alunos de comunicação são amigos, passeiam juntos, conversam e às vezes se enganam que vão se ver no final de semana.

Mas, quando chega sexta, eles somem. Mal se falam pelo MSN até. Saem com os antigos amigos, mudam de roupa, de personalidade, de apelido e de preferências. A distância do ambiente da ECO os fazem retornar ao estado inicial e verdadeiro.

Pesando melhor sobre isso, imagino nosso futuro (estou me incluindo como um dos ecoínos bipolares). Depois da formatura, não haverá mais encontros. Quando formos combinar uma festa de cinco ou dez anos de formatura ela não vai dar certo também. Acho que isso não é tão impossível de acontecer.

Nova série do J. J. Abrams, nova Beverly Hills 90210 (o trailer é MUITO parecido com The OC., não é algo novo né), Desperate Housewives no futuro...

Espero que essas novidades me façam recuperar a minha vontade de ver séries de novo e parar de ver tantos reality shows.

Fiz uma pequena promessa pessoal: assim que ver Indiana Jones, vou escrever nesse blog minhas reviews de filmes. É um modo eficiente de mantê-lo ativo.

10 de maio de 2008

Meus 8 anos

Minha vida não era legal quando eu era criança. Não mesmo. Eu tinha poucos amigos, pouca inteligência e acho que nenhuma beleza. Estudava num colégio com crianças muito mais ricas que eu, com muito mais possibilidades que eu. Elas tinham ido para a Disney, e eu não.

As outras crianças também tinham pais mais legais que os meus. O meu pai era ausente (não por falta de interesse dele, era ausência física mesmo) e minha mãe trabalhava horas demais. Ela me enganava que via todos os eventos do colégio mas ela só conseguia chegar no final deles, para me buscar. Algumas vezes, a minha babá ia no lugar dela. Eu também era relativamente gorda e tinha um cabelo caótico. Acho que antes dos ano 2000 não existiam cosméticos para cabelos cacheados. Eu não me lembro deles.
Quando fui num passeio do colégio para o Paiol Grande (capaz de alguns conhecerem o local) me arrependi logo no primeiro dia. Lá era frio e meus casacos eram todos feios e infantis. E toda garota tinha um admirador, um garoto que tava afim dela, mas eu não. No final, eu até aguentei bem e fingi para toda minha família que foi muito legal.

Mas parece que isso tudo mudou, de uma hora para outra. E eu nem lembro quando. Parei de me preocupar com muitas coisas que me preocupava. Deixei de ser tímida. Emagreci. As festas para os pais acabaram. Alisei o cabelo. Eu criei possibilidades para minha vida. E eu sinto que meus sonhos são cada vez mais reais. Estão cada vez mais próximos os sonhos daquela garota de 12 anos.

Minha infância com certeza não foi querida. O melhor está sendo agora.