Farei nesse post algo muito maior do que desgastar minha raiva. Quero é fazer uma crítica muito mais interessante da didática dos professores da Eco e das minhas suposições que foram desfeitas depois de dois períodos.
Claramente temos diferenças gigantescas no método de ensino e na qualidade dos professores. É incrível uma turma ter aula com estudiosos de comunicação lidos no país todo e, ao mesmo tempo, com profissionais mal sucedidos que parecem estar fazendo bico. Isso obviamente torna o interesse dos alunos seletivo, ninguém quer estudar para uma prova que vá perguntar conceitos, muita gente vai preferir a cola. E eu me arrependo muito de não ter feito uma para a prova de ontem. Não porque eu queria tirar nota boa, eu não precisava dela tanto assim. Mas na faculdade achei que os conceitos eram para ser discutidos, analisados, revistos, e assim criar alunos com senso crítico, uma futura elite intelectual. E aquela prova apenas testou meu poder de memorização.
O método de avaliação segue essa nova tendência crítica inclusive nos colégios. Provas de múltipla escolha são raras, não é justo um aluno seguir como certo o pensamento de alguém, ele deve entender do seu modo. Na faculdade, os alunos têm, supostamente, o intelecto desenvolvido o suficiente para desenvolver o conceito à sua maneira, é um desperdício fazê-lo seguir conceitos já dados enquanto ele poderia modificá-los para melhor.
Isso não se aplica para muitas matérias como as exatas mas até nela, se o aluno resolver um problema matemático em duas linhas usando um novo pensamento enquanto o antigo usava dez linhas, o aluno está certo, ele não pode ser reprimido porque saiu do comum.
Eu realmente fiquei espantada como pode haver uma avaliação como a de ontem numa faculdade que entrei por ser umas das melhores e num curso que devia fugir do tradicional e ser transgressora. Estou vendo muito pouco de diferente lá.
Espero que essas avalições clássicas e não funcionais sejam cada vez mais raras. Seria uma decepção ainda maior ver que o uso delas aumenta com o tempo de graduação. Esses métodos apenas me remetem a professores que necessitam se sentir superiores aos alunos não deixando eles os superarem. Talvez porque eles nunca tenham sido superiores a ninguém, ou porque ele percebeu que seus alunos são mais instruídos do que eles imaginavam. Numa prova que pergunta "O que é qualquercoisa" óbvio que ele é superior, mas só porque ele têm o gabarito.
Espero que as notas tenham sido suficientes para todos não terem que repetir a matéria.
Claramente temos diferenças gigantescas no método de ensino e na qualidade dos professores. É incrível uma turma ter aula com estudiosos de comunicação lidos no país todo e, ao mesmo tempo, com profissionais mal sucedidos que parecem estar fazendo bico. Isso obviamente torna o interesse dos alunos seletivo, ninguém quer estudar para uma prova que vá perguntar conceitos, muita gente vai preferir a cola. E eu me arrependo muito de não ter feito uma para a prova de ontem. Não porque eu queria tirar nota boa, eu não precisava dela tanto assim. Mas na faculdade achei que os conceitos eram para ser discutidos, analisados, revistos, e assim criar alunos com senso crítico, uma futura elite intelectual. E aquela prova apenas testou meu poder de memorização.
O método de avaliação segue essa nova tendência crítica inclusive nos colégios. Provas de múltipla escolha são raras, não é justo um aluno seguir como certo o pensamento de alguém, ele deve entender do seu modo. Na faculdade, os alunos têm, supostamente, o intelecto desenvolvido o suficiente para desenvolver o conceito à sua maneira, é um desperdício fazê-lo seguir conceitos já dados enquanto ele poderia modificá-los para melhor.
Isso não se aplica para muitas matérias como as exatas mas até nela, se o aluno resolver um problema matemático em duas linhas usando um novo pensamento enquanto o antigo usava dez linhas, o aluno está certo, ele não pode ser reprimido porque saiu do comum.
Eu realmente fiquei espantada como pode haver uma avaliação como a de ontem numa faculdade que entrei por ser umas das melhores e num curso que devia fugir do tradicional e ser transgressora. Estou vendo muito pouco de diferente lá.
Espero que essas avalições clássicas e não funcionais sejam cada vez mais raras. Seria uma decepção ainda maior ver que o uso delas aumenta com o tempo de graduação. Esses métodos apenas me remetem a professores que necessitam se sentir superiores aos alunos não deixando eles os superarem. Talvez porque eles nunca tenham sido superiores a ninguém, ou porque ele percebeu que seus alunos são mais instruídos do que eles imaginavam. Numa prova que pergunta "O que é qualquercoisa" óbvio que ele é superior, mas só porque ele têm o gabarito.
Espero que as notas tenham sido suficientes para todos não terem que repetir a matéria.
6 comentários:
Acho difícil terem que repetir a matéria, até porque sabemos que a ECO evita esse fenômeno o máximo possível.
Acho que todos compartilhamos desse seu sentimento. Eu não consigo acreditar até agora que passei o fim-de-semana tentando entender totalmente o texto quando, na verdade, bastava eu ter pegado uma folhinha de conceitos e decorado, algo semelhante ao que eu fazia quando queria saber como funcionava o sistema circulatório dos equinodermas.
Quando falamos de um curso tipicamente "humano", principalmente um considerado um dos melhores do Brasil, devemos ter provas que desenvolvam raciocínio, capacidade crítica e estrutura argumentativa, e não uma decoreba ridícula estilo biologia da quinta série.
Estou com raiva. Acho que estamos todos. Espero que a ECO se toque eventualmente, antes que ela se veja destruída, como um símbolo de algo que já foi de alto gabarito um dia.
;*
É, né?! essa prova jogou todo o meu orgulho de estudar na ECO por água a baixo. A comparação que a Fernanda fez foi ótima, realmente eu devia ter estudado como estudava pra biologia, química ou física. Com uma folha cheia de conceitos e fórmulas na minha mão pra decorar durante o dia todo da véspera.
Fiquei revoltada com a prova, muito mais do que com a minha nota, porque eu não estudei absolutamente nada então não tenho direito de reclamar, mas pelo menos gostaria de ter me ferrado em uma prova bem feita e desafiadora.
Pelo menos eu passei, meu CR vai ser prejudicado pacas, mas dá-se um jeito de recuperar.
E, tomara que no 3º período nada assim apareça, nunca mais!
=**
Onde eu assino?
Eu senti pena da professora... sério! A cara dela se achando a superior enquanto entregava as provas, e a satisfação em dar notas ruins que ela deve ter sentido são tudo provas do fracasso profissional dela! E o pior é ela querer descontar na prova a total incapacidade que ela tem como professora! Acho até que deveríamos arrumar uma maneira de reclamar dela pra alguém, pra Ivana, sei lá... o que não dá é pra essa professora continuar dando aula numa faculdade que, supostamente, deveria ser uma das melhores do Brasil...
O que é DES? vcs acreditam que isso caiu na minha prova???? nem acreditei... e a questão que pedia pra definir quatro tipos de mercado e consumidores... que prova mais estúpida!!
E hoje eu fui na ECO unicamente para entregar o trabalho do Coutinho e descobir que poderia ter entregado amanhã... muito obrigado por terem me avisado... NOOOOOT!
Agora é esperar ir bem na prova amanhã... e nisso podem falar o que quiser da Insana Bentes, mas a prova dele é de outro nível!!
Seu último post levando a longos comentários.
Bom perceber que não fui a única a me sentir profundamente frustrada com aquela prova.
Me senti como no primário, respondendo perguntinhas idiotas e que nada acrescentam para a minha inteligência...
Em dois períodos, toda a expectativa criada pela minha entrada na UFRJ, num dos cursos mais concorridos, está sendo vergonhosamente contrariada.
Imagina período que vem?! Ela se achando A professora?! Na boa, ela foi posta lá dentro pelo Ref, aquilo não passaria numa prova nem se tivesse cola no verso!
Triste ver futuro da ECO, da própria UFRJ...
Bom, acho que meu comentário está sendo feito um pouco tarde, mas, de qualquer maneira, é impossível não se sentir frustado com aquela prova de economia, aliás, não só a prova, como as próprias aulas.
Da mesma forma que nós fomos forçados a decorar conceitos para conseguir uma nota razoável, a professora também parece ter passado a vida decorando. Afinal, ela só fazia cuspir conceitos em uma porcaria de aula que só me dava sono!
Infelizmente, ela não vai ser a única em nossa vida acadêmica...
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Bom, Vivian, a gente estava falando sobre os ecoblogs na MFUB. Provavelmente vc não vai lembrar que tinha dito que lembraria de entrar no meu (!), mas assim que vc lembrar...
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